terça-feira, 21 de julho de 2020

Produção mundial de alimentos terá de ser ampliada em 80% até 2050, diz a FAO em Fórum da Abag

Produção mundial de alimentos terá de ser ampliada em 80% até 2050, diz a FAO em Fórum da Abag

Esse aumento deverá ocorrer com forte participação da agricultura brasileira e exigirá uma verdadeira revolução tecnológica
A agricultura mundial terá de ampliar em 80% a produção de alimentos até 2050 para atender as necessidades de uma população, cujas projeções apontam para 9,7 bilhões de pessoas. A conclusão é do mais recente relatório feito pela OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico em parceria com a FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura, cujas conclusões foram detalhadas pelo representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, durante o Fórum Abag-Estadão promovido pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, que teve como foco o tema “Alimentos” e foi coordenado pelo presidente da Abia – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, Edmundo Klotz.
“O desafio colocado, especialmente para a agricultura brasileira, será conseguir ampliar a produção com ganhos de produtividade, com sustentabilidade ambiental e redução da pobreza e da desigualdade”, afirmou Bojanic. Para atender esse expressivo crescimento na demanda mundial por alimentos, Rodrigo Santos, presidente da Monsanto do Brasil, que também participou do evento, avaliou que o agronegócio brasileiro passará por uma nova revolução, com o uso de inovações na área de tecnologia de informação e comunicação (TIC). “Elevar em 80% a produção de alimentos, de maneira integrada, sustentável e com altíssima qualidade, é um grande desafio. E a maior parte desse crescimento (95%) virá com o aumento de produtividade nos 9% da área utilizada pelo setor e somente 5% será advindo de novas áreas agricultáveis”, explicou. O Brasil possui 64% de território destinado a florestas de reserva permanente.
Em sua apresentação, Santos detalhou que essa revolução virá especialmente do Big Data, que contribuirá para elevar a produtividade da área plantada, com confiabilidade e rastreabilidade. “Quando opta por plantar soja, o produtor precisa tomar entre 40 e 50 decisões, que vão desde a escolha do tipo de semente, a adubação, o uso de defensivos até a época de colheita, a escolha de equipamentos, o armazenamento, transporte e comercialização. A tecnologia permite utilizar algoritmos e redes neurais para trazer a ele a melhor escolha para cada uma das questões que ele precisa lidar”, exemplificou.
O Big Data possibilita analisar as áreas dos talhões de cultivo para entender suas características e fornecer informações relevantes para o produtor rural sobre a produtividade do todo e de cada uma delas de forma separada. Assim, pode-se calcular a quantidade de adubos, de defensivos, e os tipos de sementes, por exemplo, para serem utilizadas em cada local. “Aproveitamos a particularidade de cada metro quadrado de um talhão para maximizar a produção”, destacou Santos, que acrescentou que já existem equipamentos e implementos agrícolas capazes de realizar esse tipo de operação.
O Brasil, que já vem assumindo uma posição de protagonismo na produção de alimentos no mundo, sendo a segundo maior em volume, é reconhecido como uma vitrine em termos de aplicação de inovações tecnológicas e novas soluções sustentáveis e produtivas. “Temos essa vantagem competitiva em adotar de forma rápida e eficaz a tecnologia. Um exemplo foi o crescimento de 240% de produção nos últimos 20 anos. E a revolução por meio do Big Data levará o país a manter essa posição nos próximos 20 e 30 anos”, analisou o presidente da Monsanto Brasil.
Na avaliação de Bojanic, outros fatores tendem a ajudar na ampliação da produção agrícola brasileira. “Os preços das principais commodities devem manter uma tendência de queda; a renda da população mundial deve continuar crescendo; os mercados da Ásia e também os da África continuarão em expansão; haverá forte demanda pela produção de biocombustíveis; e a depreciação da taxa de câmbio será uma constante”, comentou.
Visão do consumidor
O Fórum Abag Estadão – Alimentos também mostrou a importância de estar atento ao ponto de vista do consumidor, que está cada vez mais interessado em conhecer a procedência do alimento, as informações sobre plantio, práticas adotadas, processamento, armazenamento, embalagem, entre outros. “Houve uma mudança no comportamento do consumidor. A tecnologia está viabilizando uma grande melhora de sua experiência, contribuindo para uma transformação na forma como ele compra o alimento”, disse. “Em supermercados, você pode ver que o consumidor está fazendo fotos dos QR codes para obter informações sobre a origem do produto. Em algumas carnes, ainda é possível conhecer informações sobre o abatedouro, a criação, a raça do gado, entre outros. Assim, a rastreabilidade torna-se um ponto importante para as empresas do segmento”, complementou Sergio Alexandre, sócio da PwC.
O executivo ressaltou o papel das redes sociais para resolver problemas, perceber tendências e ter uma maior aproximação com o consumidor. Outro ponto abordado foi a questão de visão fim a fim do consumidor para que ele tenha a clareza e o conhecimento da origem do produto e de todo o processo até sua chegada nas prateleiras dos mercados. “Hoje, o consumidor está olhando para o futuro e para as tecnologias, mas ele está presente, esperando ajudar e contribuir para obter produtos melhores”, enfatizou.
Para o diretor geral do Ital – Instituto de Tecnologia de Alimentos, Luis Madi, os vários estudos desenvolvidos pelo instituto, que avaliam o comportamento do consumidor, revelam que a indústria de alimentos precisa ficar atenta e se comunicar melhor. “As marcas e os produtos precisam refletir os novos valores do consumidor. Ele quer ser melhor informado sobre os alimentos que consome e ter respostas mais rápidas”, afirmou o palestrante.
Outro ponto destacado pelo diretor geral do Ital foi a necessidade da agroindústria brasileira trabalhar no sentido de agregar maior valor aos produtos alimentícios. Na avaliação de Madi, o setor também precisa atuar no sentido de reconquistar a confiança do consumidor. Segundo ele, uma recente pesquisa feita nos Estados Unidos, apenas 7% dos consumidores americanos confiam nas informações fornecidas pela indústria alimentícia na hora de escolher um novo produto. “Acreditamos que a situação de desconfiança não seja diferente no Brasil, onde o consumidor prefere confiar mais numa indicação feita pelos amigos ou parentes para escolher um novo produto”, finalizou.
Fonte:ABAG




Fernando Gustavo dos Santos
Engenheiro Agrônomo
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domingo, 4 de agosto de 2019

Soja: fotoperíodo e fotossensibilidade

Soja: fotoperíodo e fotossensibilidade

Postado: Fernando Santos 04/08/19

Como a duração da radiação determina o florescimento da cultura?

luz influencia as culturas de diversas maneiras. No caso da soja, essa influência vai além da fotossíntese, afetando o florescimento da cultura. As plantas dessa espécie são classificadas como de dia-curto, isto é, seu florescimento ocorre abaixo de um valor chamado de fotoperíodo crítico. Outro ponto crucial é o chamado período juvenil, o qual é a fase de pré-indução/insensibilidade da espécie ao fotoperíodo.

Vejamos o que significa cada um desses pontos.

1.Fotoperíodo: é a variável climática a qual identifica o período de luminosidade solar na Terra, ou seja, o período que vai do amanhecer ao pôr do sol. Tal valor é maior para as maiores latitudes no verão e menor no inverno para as mesmas. Também, para uma região de latitude maior que zero, o fotoperíodo apresenta um valor máximo no dia 21/12 (início do verão) e mínimo no dia 21/06 (início do inverno). Assim, observa-se que quanto mais ao norte do Brasil, menor o valor de fotoperíodo alcançado durante a época de cultivo da soja; e quanto mais atrasada a semeadura, menor o valor do fotoperíodo.

2.Fotoperíodo crítico: Para entender a função ecofisiológica do fotoperíodo crítico, utilizemos a seguinte situação hipotética: para cultivares com a mesma duração da fase de pré-indução floral, a variedade com maior fotoperíodo crítico será classificada como a de menor grupo de maturação relativa, e consequentemente será indicado para regiões de maiores latitudes (mais ao sul do Brasil, ex.: Passo Fundo-RS) e semeaduras mais antecipadas dentro do zoneamento agroclimático. Assim, o maior fotoperíodo das regiões de maiores latitudes atenderá a fotossensibilidade de cultivares de maior fotoperíodo crítico. Agora, caso este mesmo cultivar fosse semeado em menores latitudes (ex.: Sinop-MT) que apresentam menor fotoperíodo durante a safra de soja, o resultado seria um florescimento precoce, o que resultaria em menor número de nós, menor porte de planta, menor inserção de primeira vagem, menor número de vagens.m-2, e consequentemente, menor produtividade.

3.Período juvenil: Jutamente com o fotoperíodo crítico, a duração da fase juvenil (pré-indução/insensibilidade floral) também determina o florescimento da cultura. Para entendermos o funcionamento dessa caractetística, utilizemos novamente uma situação hipotética com dois cultivares de mesmo valor de fotoperíodo crítico, sendo um deles com período juvenil curto e outro longo. Caso semeados em local ou época onde ocorra fotoperíodo abaixo do crítico desde o início do ciclo da cultura, o cultivar com período juvenil curto irá florescer antes daquele com período juvenil longo, uma vez que o primeiro apresentará apenas poucos dias de pré-indução/insensibilidade. Como consequência, o primeiro cultivar irá apresentar menor estatura do que o segundo cultivar, podendo tal situação ser manejada pelo ajuste da população de plantas (em alguns casos específicos e com menor frequência).

Apesar de utilizarmos exemplos onde consideramos as duas características isoladamente, no Brasil grande parte dos cultivares apresentam ambas. Dessa forma, encontramos no país cultivares que vão desde o grupo de maturação relativa 5 até 9.

Ainda, é essencial destacarmos a importância da descoberta do período juvenil longo para o cultivo de soja em regiões tropicais. O uso de tal característica no melhoramento genético de cultivares brasileiros permitiu a melhor adaptação da soja à regiões tropicais, onde antes se dependia exclusivamente de cultivares com fotoperíodos críticos extremamente baixos. Além disso, o período juvenil longo permitiu a ampliação de uso e estabilidade do mesmo cultivar em uma maior faixa latitudinal.

Portanto, a escolha de um cultivar para uma determinada região e época de semeadura buscando o melhor desenvolvimento da soja deve levar em consideração o seu grupo de maturação relativa, o qual será resultado do fotoperíodo crítico e da duração do período juvenil.

Criado por: Felipe Sartori em Jun-2017

Postado: Fernando Santos 04/08/19


Fernando Santos

Eng. AGRONÔMO / Consultor.

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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Las ventas del complejo sojero cayeron en más de 500 millones de dólares

Las ventas del complejo sojero cayeron en más de 500 millones de dólares

La industria del procesamiento de soja está atravesando un momento crítico, reiteran en la Cámara Paraguaya de Procesadores de Oleaginosas y Cereales (Cappro). Añaden que esta es una de las industrias más importantes de la economía paraguaya y que la propuesta de reforma tributaria del Gobierno no hace más que profundizar la crisis en lugar de promover estrategias para incentivar el procesamiento y la exportación.

De acuerdo con los resultados que maneja el gremio, las ventas al exterior del complejo sojero ingresaron US$ 550 millones menos que en el mismo período de año anterior. Según Cappro es el ingreso más bajo de los últimos 7 años.

Al cierre de mayo 2019 se procesaron 1.456.920 toneladas de soja, cantidad 8,5% inferior a la industrializada en los primeros cinco meses del 2018.

En cuanto al volumen de exportación de productos industrializados a partir de la soja, se redujo un 11%, que además estuvo acompañado por una caída en los precios internacionales.

Los problemas climáticos que afectaron la calidad de los granos obligaron a las industrias a disminuir el ritmo de procesamiento. Pero la mayor incidencia se da por la falta de garantías y la inestabilidad jurídica; situación que se agravará en caso de que Diputados aprueben la reforma tributaria, reduciendo la competitividad a su mínima expresión.

Fuente: ABC

FERNANDO GUSTAVO DOS SANTOS

ENG. AGRÔNOMO / Consultor Técnico 

SAN ALBERTO - PY

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segunda-feira, 29 de julho de 2019

O que é agricultura 4.0?

Agricultura 4.0: Moda ou realmente a agricultura está mudando? Entenda o conceito e veja as soluções digitais que podem facilitar seu dia a dia na fazenda.

Estamos cada vez mais conectados.
A internet e as ferramentas de comunicação fazem parte do nosso dia a dia. E na agricultura não é diferente.
A nova revolução do agro passa pela tecnologia da informação.
E isso contribui com a inovação na produção de alimentos e segurança alimentar – antes e depois da “porteira”.
Neste artigo, compartilho com vocês soluções digitais que facilitam as rotinas da atividade agrícola. Veja a seguir!

Índice do Conteúdo [Mostrar]

O que é agricultura 4.0?

A Agricultura 4.0 é um conjunto de tecnologias digitais integradas e conectadas por meio de softwares, sistemas e equipamentos.
Essa integração é capaz de otimizar a produção agrícola em todas as suas etapas.
Isso significa melhor monitoramento, gestão e controle da produção agrícola, com redução de custo e menos desperdícios.
Com isso, há também reflexos diretos na produtividade e rentabilidade da sua lavoura.
agricultura 4.0
Agricultura 4.0 envolve automação e conectividade para otimizar produção agrícola
(Fonte: Agrotecnica)

Se olharmos para a história da agricultura no mundo, as máquinas agrícolas trouxeram grande contribuição para aumento da produtividade no campo.
Elas também permitiram a produção em larga escala.
Já nos dias atuais, quem faz e ainda promete fazer muito pela melhoria da atividade agrícola são as tecnologias digitais na chamada agricultura 4.0.
Ferramentas certas são capazes de gerar e analisar grande quantidade de dados para o produtor e facilitar seu dia a dia na fazenda.
E é sobre essas ferramentas e os  benefícios dessas novas tecnologias na agriculturaque vamos falar a seguir!

Vantagens da agricultura 4.0

Soluções relacionadas à agricultura 4.0 promovem um trabalho mais conectado e automatizado.
Com isso, a tomada de decisões na fazenda passa a ser orientada em dados retirados do clima, da terra, da lavoura e do mercado agrícola.
Os principais elementos utilizados nesta forma de planejar e manejar a agricultura estão baseados em:
  • Gestão, a partir da obtenção e coleta de dados primários e secundários
  • Produção, a partir de novas ferramentas e técnicas
  • Sustentabilidade nos processos produtivos
  • Profissionalização
Estas inovações ocorrem a partir de dispositivos conectados e integrados que permitem a automação dos processos.
agricultura 4.0(Fonte: Gptad)

E na prática, quais são essas ferramentas?
Cada vez mais ouvimos falar sobre drones, veículos autônomos, biotecnologia, big data e outras inovações que vêm sendo incorporadas ao mundo rural.
No entanto, essas tecnologias devem atender no que a sua fazenda precisa hoje. E isso exige conhecimento da sua propriedade e negócio.
Por isso, seja você um pequeno ou grande produtor rural, essas ferramentas digitais podem te auxiliar!
Afinal, a conectividade deve facilitar a nova forma de compartilhar.


A Embrapa também já está com a atenção voltada à Agricultura 4.0 por meio da Embrapa Informática

E já existem softwares disponíveis para obter desde informações sobre doenças em suas plantas até ter contato com produtores que viveram situações parecidas.
Realizei trabalhos de assistência técnica a pequenos agricultores e em uma grande fazenda e posso te falar: há muitas ferramentas que fazem diferença para acertar o manejo.
Vou falar mais sobre elas!

Agricultura 4.0: Ferramentas que te ajudam na fazenda

Análise do Clima

clima interfere em todas as etapas de desenvolvimento de uma cultura.
Por isso, a coleta organizada e frequente dos dados meteorológicos é muito valiosa para a atividade agrícola, preparo do solo, adubação, semeadura, etc.
E como opções de ferramentas de agricultura digital temos:

Agritempo

O sistema fornece os dados para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) — ferramenta de gestão de riscos na agricultura.
O objetivo é reduzir ameaças referentes às perdas da produção por causa de fenômenos climáticos.
É possível identificar o melhor período para plantar as culturas, conforme os tipos de solo e o ciclo dos cultivares.

Climatempo

Possui a previsão horária diária e futura (para os próximos 14 dias), com imagens de satélite para todo Brasil, com análise de meteorologistas.
Há também vídeos explicativo sobre determinadas condições meteorológicas.
agricultura 4.0(Fonte: Climatempo)

Agricultura de precisão

Já falamos algumas vezes aqui no blog sobre a agricultura de precisão.
E hoje muitos softwares disponibilizam georreferenciamento para mapeamento da fertilidade do solo, tendo em vista a aplicação de corretivos e fertilizantes em taxa variável.
Além disso, contribuem na automação e análise gerencial, desde o piloto automático das máquinas até alta tecnologia digital como a IOT.
E o que é essa tal de IOT?
É a Internet das coisas (Internet of Things). São tecnologias que conectam informações coletadas através de equipamentos instalados no ambiente.
Isso possibilita, por exemplo, que máquinas passem a guiar de modo automático a aplicação de defensivos agrícolas, através de sensores.
Eles detectam o ambiente e coletam dados relativos à temperatura, umidade relativa do ar, condições de irrigação, salinidade do solo, entre outros.
 sensores de altura, por exemplo, podem avaliar a topografia da propriedade e ir ajustando as barras de pulverização ao longo da aplicação.
Dessa forma, a operação fica mais autônoma, com o mínimo de intervenção humana.
Há ganhos cada vez maiores também no monitoramento de infestações de insetos e plantas daninhas nas lavouras.
Assim, você pode notar que hoje a diferença nas tomadas de decisões certeiras é a informação.
agricultura 4.0
Produtores do Mato Grosso apostam em tecnologias emergentes para otimizar produtividade da lavoura
(Fonte: Embrapa)

Gestão

Tão importante quanto ter informação é saber organizá-la de uma forma fácil de entender.
Assim você pode ter uma visão ampla e detalhada da produção, melhorar o controle do seu negócio, integrando gerenciamento técnico, operacional e financeiro.
E o controle da safra na palma da mão facilita muito a vida!
Isso melhora o controle dos seus custos, investimentos, estoque, mão de obra, o que faz diferença na tomada de decisão estratégica.

Aegro

Aegro permite ter todo o planejamento e controle da sua safra, inclusive com a produtividade/rentabilidade por talhão.
software de gestão agrícola permite fazer o controle financeiro e fluxo de caixa, monitoramento de pragas, entre outras soluções.
Assim, você economiza tempo no planejamento da sua safra e armazena com segurança todo seu histórico financeiro e de produção.
Os dados podem ser acessados de qualquer lugar, a partir de um smartphone, computador ou tablet.
Você pode começar a usar o software pelo aplicativo grátis disponível em:

agricultura 4.0
Com Aegro você consegue visualizar os custos por categoria de modo fácil e automatizado.Saiba mais sobre o software agrícola aqui.

Enciclopédias de informações

Como eu já comentei, informação é extremamente importante.
Por isso existem alguns aplicativos que fazem muita diferença quando o negócio é obter informação de forma rápida:

Plantix (pragas e doenças)

Detecta doenças, pragas e deficiências nutricionais, com auxílio de uma simples foto de celular.
Também oferece uma lista regionalizada com os prováveis patógenos. As informações da biblioteca estão disponíveis offline.

Agrobase (infestante doença – pragas e doenças)

É uma espécie de catálogo de pragas, plantas daninhas e doenças, além de ter uma lista dos pesticidas registrados no país.
Esse programa permite que você identifique ervas daninhas, doenças, insetos ou pragas agrícolas.
Também facilita na hora de verificar qual produto de proteção de culturas irá ajudar a resolver seus problemas agrícolas.

Defesa Vegetal – Pragas e Doenças:

Você pode consultar informações sobre pragas de importância econômica e quarentenária para o Brasil.
É possível pesquisar quais pragas atacam culturas específicas, vendo imagens dos insetos-praga e dos danos que eles provocam.
Pelo sistema, você também consulta modos de ação de inseticidas e fungicidas e a recomendação para o efetivo manejo da resistência de insetos e fungos.
agricultura 4.0
(Fonte: Defesa Vegetal)

Rede de informações no Agro

Conhecer experiências semelhantes às suas ou novas possibilidades auxilia a ser mais assertivo e até criativo nas atividades.
Nesse contexto, as redes sociais fazem diferença quando se fala em troca de experiências!
E algumas delas podem ser bem úteis para você. Veja:

Maneje bem

É uma rede social de agricultores, profissionais da área agrícola e apaixonados por plantas.
A plataforma difunde informações sobre manejo sustentável de lavouras e hortas urbanas.
Na rede, as pessoas podem compartilhar dúvidas e há uma listagem de informações sobre doenças de plantas e como manejá-las.

YouAgro

É uma comunidade que busca melhorar a vida do produtor rural.
O intuito é possibilitar conexão e compartilhamento de experiências, serviços e oportunidades entre usuários com interesses no agro.

Linked in

É uma rede social profissional, na qual seu currículo fica disponível online.
As pessoas compartilham muito de suas experiências e informações de diferentes setores, inclusive agro.

Conclusão

A agricultura 4.0 é uma realidade! Muito mais do que “moda”, da biotecnologia à alta conectividade, as novas ferramentas digitais modificam e otimizam todas as etapas do ciclo produtivo.
A agricultura irá incorporar cada vez mais às práticas e processos de produção com precisão, através da transformação digital.
Há muitas ferramentas e informações disponíveis. A grande diferença é como você utiliza tantos dados.
E a gestão faz toda a diferença nesse momento, pois ela que será o diferencial na análise de sua propriedade, da sua lavoura ao mercado.


Fernando Gustavo dos Santos
Eng. Agrônomo - Consultor
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San Alberto Paraguay

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Projeto de lei reduz em dez vezes alíquota para calcário agrícola

Agricultura - 22 de julho de 2019
Proposta baixa de 2% para 0,2% a alíquota da Compensação Financeira pela Exportação Mineral (CFEM). Para autor da proposta, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), mudança expandirá produção do
insumo utilizado em lavouras
Projeto de lei em tramitação no Senado Federal reduz de 2% para 0,2% a alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) aplicada sobre o calcário agrícola. Trata-se de uma contraprestação paga pelas empresas mineradoras à União pelo aproveitamento de recursos minerais.
Essa compensação incide sobre o faturamento líquido, no caso da venda do minério bruto e beneficiado, ou sobre o chamado custo intermediário de produção, quando o mineral é utilizado pelo próprio minerador no processo de produção.
Se aprovada, a proposta estenderá ao calcário agrícola os incentivos fiscais previstos na Medida Provisória 789, sancionada em 2017. Durante a tramitação da MP, o Congresso aprovou a alíquota de 0,2% para o potássio, os fosfatos e, também, para o calcário. No entanto, no momento da sanção da medida, este último foi retirado da lista e teve sua alíquota mantida em 2%.
Para o autor do projeto, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), o texto corrige essa diferenciação entre os insumos e pode contribuir para o crescimento do consumo do calcário para uso agrícola no país. Na prática, a medida busca incentivar o agronegócio, uma vez que o calcário é utilizado como corretor de solo por produtores de alimentos e de insumos de energéticos, como grãos e cana de açúcar. Segundo o Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM-2030), do Ministério de Minas e Energia, o uso do mineral pode crescer de 43 milhões, em 2018, para 54,8 milhões de toneladas, em 2022.
“[Com a alíquota de 2%], o custo é maior para produtores e consumidores e representa um desestímulo ao uso do calcário”, afirma o senador.
Ele explica que usar o calcário como corretivo para o solo é uma opção mais barata do que aplicar fertilizante. “Se o produtor fizer uma boa correção [do solo, com o calcário], ele usa menos adubo, que é mais caro do que o calcário. Então, é preciso reduzir o custo do calcário para estimular o seu uso”, defende o senador.
O calcário é um dos principais corretivos de acidez dos solos brasileiros e tem sido usado em menor quantidade do que é recomendado. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Calcário (Abracal), as lavouras e pastagens do país necessitam de aproximadamente 70 milhões de toneladas por ano, 38,57% a mais do que foi utilizado no ano passado (43 milhões de toneladas).
No Rio Grande do Sul, essa diferença também foi significativa. O consumo no ano passado ficou em 3,65 milhões de toneladas, enquanto o indicado seria quase o dobro: 7 milhões de toneladas/ano.
Alimento mais barato
Segundo o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc) e da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Fernando Carlos Becker, deve-se considerar ainda que o calcário é nacional e tem baixo preço. Os fertilizantes, em sua maioria (70%), são importados e comercializados em moedas estrangeiras, sobretudo o dólar. Além disso, os fertilizantes precisam ser utilizados com frequência, enquanto o calcário agrícola pode chegar a um intervalo de até 12 anos de uso, dependendo do tipo de solo.
“Se a União passar a recolher 0,2% sobre o calcário, essa vantagem reverte para o próprio agricultor. A medida diminui os custos na agricultura – essa é a principal vantagem. Consequentemente, o alimento ficará mais barato”, avalia. Becker afirma ainda que essa sempre foi uma demanda do setor, no sentido de equiparar a alíquota do calcário agrícola com a de outros minerais. “Sempre lutamos por isso, pela aprovação [do PL], e o calcário não pode ser jogado na vala comum dos 2%. Na agricultura de precisão, é imprescindível corrigir o solo. Se essa correção não for feita, a produtividade cai”, complementa.
Produtividade
Um dos indicadores de que o solo está carente de nutrientes é, justamente, a acidez. Esses nutrientes podem ter sido perdidos pelas raízes das plantas, pelas chuvas ou irrigação, pela erosão do solo ou pela a utilização de fertilizantes mais ácidos. Isso pode provocar a redução na eficiência da absorção de água e de adubações, causando aumento dos custos com insumos, além de limitar a produtividade.
Corrigir a acidez do solo é uma das principais funções do calcário agrícola, mas não a única. “É um insumo agrícola que tem múltiplas funções. É empregado como fornecedor de nutrientes, cálcio e magnésio, particularmente, mas também é empregado com a finalidade de corrigir a acidez ativa de solo, que a gente costumeiramente chama de PH do solo. Também neutraliza um elemento que é abundante no solo, que é o alumínio, elemento esse tóxico às plantas”, afirma o professor de Química e Fertilidade do Solo do curso de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB), Jader Galba Busato.
Segundo o especialista, é preciso, no entanto, estar atento à quantidade adequada para cada tipo de plantação. “O uso em excesso é tão prejudicial quanto a carência do calcário. Por isso, a importância de se realizar procedimentos de amostragem do solo para que um técnico veja a quantidade adequada para o tipo de cultura”, alerta Busato.
Fonte/crédito: Agência Rádio Mais

Fernando Gustavo dos Santos
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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Depois da braquiária, raiz da soja cresce 2 cm por dia e água para passar o veranico

O trabalho das instituições de pesquisas segue focado nas boas práticas e no solo para garantir que as plantas de soja nas principais regiões produtoras do país possam passar por momentos de adversidades climáticas como os que foram registrados nesta safra.
A temporada foi marcada por intensos veranicos e as lavouras onde as raízes puderam se aprofundar mais tiveram melhores resultados. Durante o Show Rural Coopavel em Cascavel, no Oeste do Paraná, os pesquisadores Henrique Debiasi e Júlio Franchini, da Embrapa Soja apresentaram os resultados de um estudo em uma trincheira confirmando essa conservação da água no subsolo.
A soja plantada depois da braquiária apresenta uma raiz maior, alcançando até 1,40 metro de profundidade, com força e extensão para buscar água e enfrentar o veranico.
“Essa presença de 1,4 m indica que a caixa d’água que a soja está explorando corresponde a, aproximadamente, 120 mm de água, com uma possibilidade muito maior de superar problemas de veranico”, diz Debiase.
Com um perfil de solo formado, de braquiária e colocada sua raíz, seja solteira ou consorciada com o milho, a raiz da soja cresceu 2 cm em profundidade por dia. O pesquisador afirma ainda que outro benefício é o maior volume de água que entra no solo, que é muito maior depois da braquiária.
“Mesmo sendo um bom manejo, houve um pouco de escoamento. Isso demonstra a necessidade de se ter um bom sistema de terraceamento mesmo em uma condição de bom manejo do solo e de cobertura com palhada”, completa.

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

COMPACTAÇÃO DO SOLO

 A compactação é o aumento da densidade do solo e a redução da sua porosidade que se dá quando ele é submetido a um grande esforço ou a uma pressão contínua. Isso acontece, por exemplo, em função do tráfego de tratores e máquinas agrícolas pesadas, do pisoteio do gado sobre o campo ou do manejo do solo em condições inadequadas de umidade. Além disso, certos tipos de solo são mais vulneráveis à compactação.


ÁGUA NO SOLO

Solos compactados tem menor capacidade de retenção de água.
Em períodos de chuvas, podem ocorrer mais enxurradas.
Em períodos de estiagem, sofrem primeiro com a falta de água.


RAÍZES

A compactação dificulta o desenvolvimento de raízes, resultando em menor desenvolvimento radicular e mais energia usada pela planta.
Com menor sistema radicular, ocorre menor absorção de nutrientes e menor exploração de água no solo.

DOENÇAS

Os solos compactados tem menor capacidade de aeração. As plantas ficam mais expostas a doenças, principalmente nas raízes.
Existem relatos de relação de compactação com maior incidência de diversas doenças e também de nematóides.


 Fernando Gustavo dos Santos
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